Foto e fragmento de biografia: http://www.letras.ufmg.br/literafro/autores/471-aciomar-de-oliveira
ACIOMAR DE OLIVEIRA
Nascido na cidade de Montes Claros em 18 de setembro de 1972, Aciomar de Oliveira é graduado em Letras pela UFMG, onde concluiu também o mestrado em Teoria da Literatura, junto ao Programa de Pós-graduação em Letras, Estudos Literários, com a dissertação: Identidade, Poder e Memória nas crônicas de Lima Barreto e João do Rio, já publicada em livro.
Atua como colaborador do NEIA – Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Alteridade –, grupo de pesquisa da Faculdade de Letras da UFMG que promove a reflexão e o debate a propósito das representações, em especial na literatura, marcadas por diferenças de gênero, raça/etnia, classe social e diásporas, além de manter o literafro - portal da literatura afro-brasileira, do qual é membro da Comissão Editorial.
Aciomar de Oliveira é professor efetivo e Chefe do Departamento de Letras da Universidade do Estado de Minas Gerais, UEMG, campus de Ibirité, além de coordenador do NIEHLAFRO – Núcleo de Estudos em História e Literatura Afrodescendente – e membro da comissão de coordenação do programa Ações Afirmativas na UEMG.
O autor faz sua estreia na literatura com a publicação de Todas as vozes em 2014, volume de poemas em que revela o esmero com que trabalha a construção do texto lírico.
MELLO, Regina. Entre o Samba e o Tango. Organização: Regina Mello e Olga Valeska. Belo Horizonte, MG: Munap e Arquimedes, 2018. 160 p. 15 x 21 cm. Diagramação e arte final: Eugênio Daniel Venâncio. Fotos: Israrel Ferreira. Produção Museu Nacional de Poesia. ISBN 978-85-89667-57-9
Ex. bibl. Antonio Miranda, enviado por Regina Mello.
Corredeiras
Essa água que se espalha no seu corpo, feito um bicho solto
Desvairado corro pelas tuas curvas eu sou um pouco de você
Eu sei que tua alma gêmea quando me sinto em falta
Com essa sensação de ausência de um sorriso mundo
Tão profundo o precipício de tua boca
Eu me lanço sem medo algum do bag jump do seu coração
Eu sei que o pêndulo do tempo não me poupa nada
Me leva à deriva no oceano de tua boca
É só um beijo eu tento pensar
Mas se a minha bússola está quebrada
O que me resta é a corredeira do teu peito
Em que me encontra a minha lucidez
Eu sou um pouco de você
Sufoco
Se já não tenho medo do teu corpo
Se já não quero mais socorro
Quando o teu beijo deságua em mim
É que eu me esqueço do sufoco
De teu gosto em meu desgosto
Que no fim do dia
Sempre acaba em um adeus
Mas outro dia chega logo
E você volta toda rouca
De gritar por mim
Essa paixão é coisa louca
De quem tem a cabeça solta
Sem leme e com a vela aberta
Só o vento no teu rosto
Sabe aonde vai pela manhã.
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Página ampliada em fevereiro de 2021
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